quinta-feira, 1 de julho de 2010

  O PRIMEIRO LIMÃO...A DESCOBERTA!




Apesar de não amamentar a tempos eu ainda tinha leite, a mama esquerda começou a não dar mais vazão a ele, quando apareceram nódulos. Em consulta, a suspeita recaiu em “leite empedrado”, uma inflamação nos ductos mamários...
Era final de outubro, a escola cheia de projetos a resolver, provas, conselho final. Fim de ano chegando, tudo difícil de marcar, conseguir mastologista, liberação.
Nada resolvia.  Eu sentia dor. O peito ardia, crescia, estava endurecendo...
Natal, Ano Novo, férias escolares, a dor contínua...As dúvidas...Medo!
Tratamento pra infecção, pra inflação, secar o leite, tudo sem resultados.
Fevereiro! Já?  Começaria a trabalhar e ainda não conseguira saber o que tinha!
Médico, exames, plano de saúde porcaria, espera...
Outra suspeita. Mastite. Nada surtia efeito. Mas o sinal de alerta foi ligado, poderia ser câncer.
Câncer? Minha mãe morreu a 3 anos de câncer, não a história não ia se repetir.
Vamos as biópsias.A primeira punção, mais tempo de espera; uma infecção que não justificava o seio deformado, inchado, mamilo retraído,pele com aspecto de laranja.
Core Biopsy. Espera interminável para liberação, outra para resultado: Material insuficiente para diagnosticar possível mastite ou carcicoma. Nesse ínterim, mais 2 meses se passaram
Desisti do plano porcaria, corri para Centro de Oncologia a 160 km de minha cidade, atendiam pelo SUS, mas era muito bom.
Abril. Dia 01º. Engraçado, no dia da mentira, eu iria descobrir minhas verdades. Realizada a biópsia cirúrgica, onze dias depois, veio a confirmação: Carcicoma Ductal Invasor, Grau III.
Bummmm!!!! O médico com aquela calma: É Lilian, você tem um tumor.
Maligno? Câncer? Meu seio tá enorme, passou tanto tempo, tenho chances? Grau III,é grave? Tenho chances? Ah, como assim tirar a mama toda? Tratável? O que isso quer dizer? O que? Quimioterapia? Já? Agora, hoje? Das que cai o cabelo? E se...? ?????
Sai do consultório atordoada, agarrada a mão de meu esposo. Fui retirar os pontos e por mais força que fizesse as lágrimas teimavam em me derrubar. As pessoas me olhavam, sei que elas me entendiam, todos que estavam ali, estavam no mesmo barco.
Apesar do desespero era o fim toda angustia, toda espera, toda incerteza. Eu estava com câncer, a mama esquerda deformada, a alma dilacerada, o coração aflito, o corpo cansado. Chorei e confusa, sem tempo a perguntas, fui enviada a primeira quimioterapia.









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